Ao ligar o rádio ou a TV, navegar pelas redes sociais e até mesmo ao bater papo com os colegas, a principal notícia é a mesma: os incêndios na Amazônia.
Até agosto deste ano, foi registrado um número de 66,9 mil pontos de queimadas, o maior índice em sete anos, 70% maior do que o mesmo período do ano passado. Mas você deve estar se perguntando: isso pode afetar em minha operação internacional?
A resposta é sim. Você sabia que a atual situação do país coloca em risco desde a conclusão do acordo entre Mercosul e UE, até mesmo a exportação de alguns produtos? Reunimos aqui os principais pontos afetados pela atual situação com a Amazônia e que podem influenciar suas operações internacionais. Confira:
Acordo entre Mercosul – UE
Após 20 anos de negociação, o acordo entre os blocos comerciais Mercosul e União Europeia (UE) está estremecido após o aumento do foco de queimadas na Amazônia. França e Irlanda afirmaram no dia 23/08 que não irão ratificar o acordo devido a atual situação.
A negociação entre os blocos é muito importante, pois trará facilitadores aos importares e exportadores que atuam nesta região comercial.
Além disso, a criação de outros acordos comerciais ficam inviáveis também, uma vez que várias empresas exigem certificações da cadeia de fornecedores e, com isso, podem haver barreiras aos produtos brasileiros.
Dificuldade de exportação de produtos brasileiros
Os principais produtos brasileiros exportados e associados ao risco de desmatamento são a carne e a soja. Agora, em um cenário de aumento das exigências com relação à origem dos produtos e sua cadeia de fornecedores, os produtos brasileiros, principalmente os commodities, poderão enfrentar dificuldades de comercialização no exterior.
Segundo dados da Secex (Secretária de Comércio Exterior), a soja é um dos principais produtos da exportação brasileira e o consumidor predominante desta oleaginosa é a China (75% das vendas). O país asiático também é o maior consumidor da carne brasileira (27%).
Esses valores são importantes para o agronegócio brasileiro. Se levarmos em conta apenas as exportações realizadas para a China, já foi gerado um total de R$35,4 milhões para o Brasil, esse valor tende a cair devido ao aumento das exigências com relação a origem dos produtos.
OCDE
Neste ano, surgiu uma oportunidade para o Brasil ingressar na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), um centro de discussões para os países desenvolvidos debaterem melhorias nos âmbitos da economia, educação, saúde e meio ambiente.
O ingresso do Brasil na OCDE representaria ganho de credibilidade internacional, o que traria maior facilidade na formação de acordos comerciais. Basicamente, participar da OCDE funciona como uma espécie de “selo de qualidade” em que o Brasil mostra para o restante da comunidade internacional que ele está comprometido em adotar as melhores práticas nos mais diversos ambientes.
Conforme a crise com a Amazônia avança, a relação do Brasil com o restante dos países fica estremecida, o que dificulta a conclusão desta oportunidade.
O que eu posso fazer enquanto isso?
De maneira direta ou indireta, a atual situação com a Amazônia pode sim afetar sua operação internacional e até mesmo a sua expansão comercial, caso você esteja pensando em comercializar os seus produtos com alguns dos países que já divulgaram que vão aumentar as exigências para os produtos de origem brasileira.
Por enquanto, a melhor saída para essa situação é ficar constantemente informado para planejar de maneira inteligente e estratégica a sua operação.
Não fique com dúvidas! Contamos com uma equipe altamente qualificada e pronta para te ajudar nas mais variadas demandas de comércio exterior. Além disso, não deixe de se preocupar com a Amazônia, afinal, o seu fim representaria uma perda enorme de biodiversidade e até mesmo de oxigênio. Vamos cuidar juntos da nossa natureza?
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