01 – Cooperação Brasil-México fortalece agenda verde e econômica
Brasil e México firmaram dois acordos estratégicos para impulsionar o setor agropecuário, fortalecer as relações comerciais e ampliar a cooperação tecnológica. A missão brasileira, liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, esteve na Cidade do México e consolidou parcerias que visam não apenas o intercâmbio econômico, mas também o desenvolvimento sustentável.
Um dos destaques é a Declaração de Intenções em Matéria de Cooperação Bilateral sobre Produção e Uso de Biocombustíveis, que prevê o compartilhamento da expertise brasileira na produção de etanol de cana-de-açúcar. O acordo busca apoiar o México na estruturação de um setor de biocombustíveis mais sólido e regulamentado, além de estimular o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis para a aviação.
Outro avanço importante foi a assinatura do Memorando de Entendimento para Promoção de Investimentos, firmado entre a ApexBrasil e a Secretaria de Economia do México. O objetivo é fortalecer os laços econômicos, facilitar o fluxo de bens e serviços e criar novas oportunidades de negócios entre os dois países. Para Alckmin, os acordos têm impacto social, econômico e ambiental, ao gerar empregos, estimular inovação e contribuir para a descarbonização.
As autoridades brasileiras também reforçaram o convite para que o México participe da COP30, que será realizada em Belém do Pará. A cooperação bilateral reafirma o compromisso do Brasil em construir uma agenda internacional de sustentabilidade, ao mesmo tempo em que amplia o alcance de seus produtos e soluções tecnológicas no mercado global.
02 – Avicultura brasileira conquista recordes e confiança global
A avicultura brasileira segue como um dos principais pilares do agronegócio nacional, consolidando-se como referência global em produção e exportação. Somente de janeiro a julho de 2025, o país exportou mais de 2,9 milhões de toneladas de carnes e miudezas de frango, movimentando cerca de US$ 5,47 bilhões. As exportações de ovos também impressionaram, somando US$ 123,78 milhões no período.
Com projeção de 15,48 milhões de toneladas de carne de frango produzidas em 2025, o setor reforça sua relevância na balança comercial brasileira e mantém presença expressiva em mercados como China, Arábia Saudita, Japão e Emirados Árabes. Além do desempenho econômico, a avicultura mostrou sua eficiência em sanidade animal ao conter rapidamente um caso de Influenza Aviária no Rio Grande do Sul.
Após medidas rigorosas de controle e notificação à Organização Mundial de Saúde Animal, o Brasil foi novamente reconhecido como país livre da doença, o que resultou na retomada das importações por quatro mercados internacionais. Essa resposta ágil demonstra o alto nível de organização e segurança do sistema agropecuário brasileiro.
Para o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a confiança mundial na avicultura brasileira se deve ao compromisso com ciência, tecnologia e controle sanitário. Esse desempenho fortalece a imagem do país como fornecedor seguro de alimentos, garantindo competitividade e abertura de novos mercados.
03 – Nova rota Brasil-China reduz custos e fortalece comércio exterior
A partir deste sábado (28), Brasil e China contarão com uma nova rota marítima que ligará o porto de Santana (AP) ao porto de Zhuhai, na região da Grande Baía, um dos principais polos comerciais do país asiático. O projeto promete reduzir significativamente os custos logísticos e o tempo de transporte, criando novas oportunidades para o escoamento da produção brasileira.
Segundo o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a iniciativa traz vantagens competitivas expressivas: a exportação de soja, por exemplo, poderá ser até US$ 7,8 por tonelada mais barata em relação ao transporte via Porto de Santos. Essa mudança deve beneficiar produtores do Centro-Oeste e da Amazônia, além de fortalecer a estratégia de desenvolvimento econômico da região Norte.
A nova rota também abre portas para a bioeconomia da Amazônia, favorecendo a exportação de produtos como açaí, cacau, café, castanhas, pescado e insumos farmacêuticos. Para Góes, a logística aprimorada é um passo essencial para agregar valor à produção regional, estimular a industrialização e atrair investimentos.
Com um mercado consumidor de 1,4 bilhão de pessoas, a China se mantém como parceiro estratégico do Brasil. A iniciativa reforça o posicionamento do país como fornecedor global de alimentos e produtos de origem sustentável, enquanto impulsiona o crescimento econômico da Amazônia e do Centro-Oeste.