01 – México eleva tarifas de importação e pode impactar o comércio com o Brasil
O governo mexicano aprovou recentemente um aumento significativo nas tarifas de importação de produtos originários de países com os quais não possui acordos comerciais, incluindo o Brasil e a China. A medida, prevista para entrar em vigor a partir de 2026, eleva tributos em níveis que podem chegar a até 50%, atingindo diferentes categorias de produtos, como automóveis, têxteis, plásticos e eletrodomésticos.
A decisão faz parte de uma estratégia voltada ao fortalecimento da indústria local e à proteção do mercado interno. Autoridades mexicanas defendem que o ajuste tarifário é necessário para equilibrar a competitividade entre produtos nacionais e importados, especialmente em um cenário global marcado por disputas comerciais e revisões de acordos internacionais.
Para empresas brasileiras que exportam ao México, a mudança representa um novo desafio. O aumento das tarifas pode impactar diretamente os custos de entrada no mercado mexicano e exigir reavaliações estratégicas, seja na precificação, seja na diversificação de destinos ou no aproveitamento de acordos regionais existentes.
Ao mesmo tempo, o movimento reforça a importância de um planejamento aduaneiro e logístico mais estratégico. Acompanhar as alterações regulatórias e tarifárias torna-se essencial para reduzir riscos e manter a competitividade das operações internacionais em um ambiente comercial cada vez mais dinâmico.
02 – Exportação de carne pode ampliar renda, empregos e arrecadação
Um estudo recente aponta que a substituição da exportação de bovinos vivos pela exportação de carne e subprodutos pode gerar ganhos expressivos para a economia brasileira. Segundo a análise, essa mudança de estratégia comercial teria potencial para agregar entre R$ 1,4 bilhão e R$ 1,9 bilhão ao valor total das exportações do setor.
A principal diferença está no valor agregado. Ao realizar o abate e o processamento dos animais no Brasil, o país passa a exportar um produto com maior grau de industrialização, fortalecendo a cadeia produtiva, ampliando a arrecadação de impostos e reduzindo a dependência de modelos baseados apenas no volume exportado.
Além do impacto financeiro, o estudo indica efeitos positivos sobre o mercado de trabalho. A ampliação das exportações de carne poderia gerar milhares de novos empregos diretos e indiretos, contribuindo para o desenvolvimento regional e para a dinamização da economia, especialmente em áreas ligadas ao agronegócio e à indústria frigorífica.
Mesmo quando considerada a possibilidade de destinação dessa produção ao mercado interno, os resultados seguem positivos. O levantamento reforça que políticas e decisões estratégicas voltadas à agregação de valor tendem a gerar benefícios econômicos mais amplos e sustentáveis ao longo do tempo.
03 – Exportações de rochas naturais alcançam resultado histórico
O setor brasileiro de rochas naturais alcançou um desempenho histórico em 2025, com crescimento expressivo das exportações e um novo recorde de faturamento. O resultado evidencia a força da indústria nacional e sua capacidade de manter competitividade mesmo diante de desafios logísticos e comerciais no cenário internacional.
Os Estados Unidos seguem como principal destino das rochas brasileiras, concentrando a maior parte das vendas externas do setor. Outros mercados estratégicos, como Itália e China, também se destacam, contribuindo para a diversificação de destinos e para a redução da dependência de um único parceiro comercial.
Além do desempenho em mercados tradicionais, o setor tem investido em estratégias de internacionalização e otimização logística. Estudos para a criação de novos hubs de distribuição e a abertura de mercados no Oriente Médio e em outras regiões fazem parte desse movimento, que busca reduzir prazos, custos e ampliar a presença global do produto brasileiro.
O recorde nas exportações reflete o esforço conjunto de produtores, associações e operadores logísticos, além do avanço em qualidade, design e posicionamento internacional. A expectativa é de que a diversificação de mercados e o fortalecimento das operações continuem impulsionando o crescimento do setor nos próximos anos.