01 – Tarifas dos EUA geram efeitos globais e exigem atenção do Brasil
As novas tarifas comerciais anunciadas pelos Estados Unidos tendem a provocar um efeito dominó na economia global. Com impacto direto sobre setores como aço, alumínio, semicondutores, baterias e veículos elétricos, a medida promete derrubar preços internacionais e afetar a competitividade de diversos países – entre eles, o Brasil. A mudança na estrutura tarifária, segundo especialistas, é estratégica e visa reduzir a dependência americana de produtos chineses, ampliando a produção doméstica.
Para o Brasil, a consequência imediata pode ser uma maior pressão sobre a indústria local, que deve enfrentar oscilações de preços e mudanças na demanda global. Exportadores brasileiros que atuam nesses setores estratégicos precisarão se adaptar com rapidez, avaliando oportunidades e riscos à medida que o mercado se reposiciona.
O aumento da capacidade produtiva dos EUA, impulsionado pelas tarifas, pode reduzir a demanda por importações de alguns produtos, ao mesmo tempo em que barateia matérias-primas globais. Esse novo cenário exige atenção das empresas brasileiras com atuação internacional, especialmente na gestão logística e aduaneira, para aproveitar janelas de oportunidade sem comprometer a margem de lucro.
02 – Exportações de pescados do Nordeste são suspensas por EUA após nova tarifa
A imposição de tarifas comerciais por parte do governo norte-americano já provoca efeitos concretos no Brasil. Empresários dos Estados Unidos suspenderam temporariamente a compra de pescados do Nordeste brasileiro, como camarão e lagosta, em resposta à nova política tarifária. A medida tem gerado preocupação no setor, especialmente em estados como Pernambuco, onde a cadeia produtiva é fortemente dependente do mercado internacional.
A decisão dos importadores americanos é uma reação preventiva, diante da incerteza sobre os custos adicionais que podem ser impostos. Com isso, produtores brasileiros enfrentam queda na demanda e necessidade de redirecionar a produção para outros mercados — o que exige agilidade logística e adaptação comercial.
Além do impacto econômico direto na região, a suspensão das compras também pressiona os processos operacionais das empresas exportadoras, que precisam reavaliar rotas, contratos e estratégias de escoamento. Neste cenário, a gestão aduaneira eficiente se torna ainda mais crucial.
03 – Abertura de mercado: carne bovina brasileira chega a El Salvador
O governo brasileiro celebrou a recente aprovação, por parte de El Salvador, do modelo de Certificado Sanitário Internacional (CSI) para exportação de carne bovina brasileira. A decisão marca mais um passo importante na ampliação das oportunidades para o agronegócio nacional e reflete o fortalecimento da confiança internacional nos padrões sanitários adotados pelo Brasil.
Somente em 2024, o Brasil exportou mais de 105 milhões de dólares em produtos agropecuários para El Salvador. Com a nova abertura, o comércio bilateral tem potencial para crescer ainda mais, especialmente considerando que, em 2023, El Salvador importou mais de 283 milhões de dólares em carne bovina. A homologação do CSI pode representar uma fatia importante desse mercado para os produtores brasileiros.
Essa conquista integra um conjunto de 392 novas aberturas de mercado registradas desde o início de 2023, fruto da atuação articulada entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE). A expansão da presença brasileira em mercados estratégicos da América Central reforça a relevância do país como um dos principais fornecedores de proteína animal no mundo.