Confira as notícias da semana 9:
01 – BNDES reduz em até 60% remuneração para operações de exportação
O BNDES acaba de anunciar uma redução impressionante de até 60% nos custos de remuneração (spread) em operações da linha BNDES Exim Pré-embarque. Isso significa que você pode obter financiamento para suas exportações com taxas muito mais atrativas, tornando seus produtos brasileiros ainda mais competitivos no cenário global.
O programa BNDES Exim Pré-embarque tem um propósito claro: impulsionar as empresas brasileiras na produção de bens destinados à exportação. Com recursos recebidos no Brasil e o compromisso de comprovar a exportação posteriormente, você pode investir com confiança na expansão de seus negócios além das fronteiras nacionais.
Os números falam por si só: em 2023, as operações de apoio à exportação do BNDES tiveram um crescimento excepcional, com um aumento de 176% nas operações aprovadas e um aumento de 168% nos desembolsos em comparação com o ano anterior. Isso significa mais oportunidades para você se destacar no mercado global.
Ampliar o comércio exterior brasileiro é uma prioridade estratégica do governo, e o BNDES está liderando o caminho nessa jornada. Seja na modalidade pré-embarque, financiando a produção de bens destinados ao mercado externo, ou na modalidade pós-embarque, financiando a exportação de bens já fabricados no Brasil, o banco oferece soluções adaptadas às suas necessidades específicas.
02 – Anvisa passa a aderir o Programa OEA-Integrado
Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu um passo estratégico ao aderir ao Programa OEA-Integrado em parceria com a Receita Federal do Brasil (RFB).
Gerido pela Receita Federal desde 2015, o Programa certifica operadores econômicos de baixo risco, oferecendo uma série de benefícios que impulsionam o comércio internacional.
A participação da Anvisa nesse programa não é apenas uma adesão, é uma revolução nos processos de importação relacionados à vigilância sanitária. Ao integrar-se ao Programa OEA-Integrado, a Anvisa certificará importadores já certificados pela Receita Federal, garantindo maior agilidade e confiança nos processos de importação.
Os objetivos do Programa OEA-Integrado são ambiciosos, visando dotar o comércio internacional de agilidade, previsibilidade e segurança. Isso significa uma modernização aduaneira, gestão de risco mais eficiente e redução significativa do tempo gasto nas operações de importação e exportação. Para os operadores certificados, os benefícios são palpáveis: mais confiança, menos burocracia e uma vantagem competitiva no mercado global.
Desde maio de 2019, a Anvisa iniciou suas atividades com o Programa OEA-Integrado por meio de um projeto-piloto. Agora, com o nível de maturidade técnica e gerencial alcançado, a Anvisa dá um passo importante como órgão anuente no campo do comércio exterior, fortalecendo ainda mais o Brasil no cenário global.
A adesão da Anvisa ao Programa OEA-Integrado é mais do que uma simples integração; é um marco na modernização e eficiência dos processos de importação no Brasil. Para empresas que atuam no comércio internacional, essa é uma oportunidade imperdível para agilizar suas operações, ganhar competitividade e conquistar novos horizontes no mercado global.
03 – Bloqueio no Mar Vermelho: como isso afeta o comércio global?
Imagine uma rota marítima crucial para o transporte de mercadorias entre a Ásia e a Europa, responsável por 12% do comércio global, sendo interrompida. É exatamente isso que está acontecendo devido ao bloqueio provocado por guerrilheiros houthis, do Iêmen. Essa situação já dura três meses e está gerando prejuízos significativos para as companhias marítimas.
As consequências desse bloqueio são alarmantes. Companhias foram forçadas a adotar rotas mais longas, aumentando em até duas semanas o tempo de viagem e enfrentando custos adicionais. Além disso, os congestionamentos nos portos da Ásia e da Europa estão dificultando o atracamento das embarcações.
Os houthis, apoiados pelo Irã, realizaram mais de 80 incidentes desde novembro, afetando diretamente o trânsito de mercadorias nessa rota vital. A situação se agrava com a falta de navios e outros fatores, como as mudanças climáticas e o excesso de capacidade no setor.
Essa crise já impactou as companhias marítimas, com prejuízos operacionais e alertas sobre pressão nos lucros. A Maersk, por exemplo, reportou um prejuízo operacional de US$ 537 milhões no último trimestre de 2023.
Apesar disso, os custos de envio ainda estão sob controle em comparação com a crise da pandemia. No entanto, é fundamental acompanhar de perto os desdobramentos dessa situação que afeta diretamente o comércio global.