01 – DUIMP e migração para o Portal Único de Comércio Exterior
O cronograma de ligamento da DUIMP (Declaração Única de Importação) define como serão ativadas, de forma escalonada, as operações de importação que demandam anuência de órgãos específicos ou têm características mais complexas. A partir das datas definidas, tais operações poderão ser registradas diretamente pelo novo modelo no Portal Único Siscomex, mas os importadores ainda poderão usar os sistemas tradicionais durante o período de transição.
Atualmente, várias importações já estão habilitadas para registro via DUIMP, com liberação escalonada para operações sob anuência de órgãos como Anvisa, MAPA e Exército. A migração busca organizar e centralizar processos de importação no Novo Processo de Importação (NPI), com o objetivo de trazer mais transparência, eficiência e segurança ao sistema aduaneiro.
Importadores enquadrados no Grupo 1 (Administração Pública), por exemplo, continuam operando via declaração de importação até que sejam incluídos em fase posterior de migração. Para os demais atores do comércio exterior, é essencial acompanhar as datas previstas para adesão e preparar sistemas internos para integração ao DUIMP.
02 – Brasil consolida liderança nas exportações de celulose
O Brasil reafirma sua posição de destaque no mercado mundial de celulose: para os Estados Unidos, a celulose brasileira de fibra curta representa hoje 82 % do total importado, apoiada por fatores como baixos custos de produção, rápido crescimento dos eucaliptos e fábricas integradas em grande escala. A competitividade intensifica-se diante da diferença de preço entre a celulose de fibra curta produzida no Brasil e a fibra longa norte-americana, que já chega a US$ 250 a US$ 300 por tonelada métrica.
Parte do diferencial competitivo do Brasil reside nas inovações tecnológicas aplicadas no processo produtivo, como o uso de métodos enzimáticos e refino mecânico de baixa intensidade. Esses avanços permitem substituir a fibra curta em papéis tipo tissue e embalagens sem comprometer desempenho, ampliando o leque de aplicações no mercado internacional. Além disso, o país conta com tarifas mais vantajosas para exportação e uma estrutura logística eficiente, apoiada por um câmbio favorável e rotas marítimas estratégicas.
No aspecto logístico, o Brasil se beneficia da proximidade com mercados consumidores nos Estados Unidos e da expansão portuária na Costa Leste americana, o que reduz custos de transporte e gargalos de escoamento. Outro elemento favorável é a redução das importações chinesas, fruto do aumento da produção interna daquele país, o que abre espaço para maior participação brasileira nos fluxos internacionais de celulose.
03 – Exportações de máquinas saltam 33,6 % no Brasil
Em agosto de 2025, as exportações brasileiras de máquinas e equipamentos registraram um salto de 33,6 % em relação ao mesmo mês de 2024, atingindo receita de US$ 1,2 bilhão, de acordo com dados da Abimaq. Apesar de uma leve queda de 0,5 % em comparação a julho, o desempenho confirma tendência de recuperação e dinamismo no setor.
Nos primeiros oito meses do ano, a receita de exportações soma US$ 8,3 bilhões, apenas 0,1 % abaixo do resultado no mesmo período em 2024 — o que indica estabilidade frente a pressões de mercado. Observou-se também uma queda de 2,4 % no preço médio dos produtos exportados, sinal de que o crescimento em volume teve maior participação que a elevação de valor unitário.
Entre os segmentos com maior avanço destacam-se máquinas agrícolas, máquinas para bens de consumo não duráveis e componentes. Também houve expansão nas vendas para países da América do Sul, particularmente Argentina, Chile e Peru, refletindo a diversificação de mercados compradores.