01 – COP 30 traz novas exigências para exportação de insumos amazônicos
A COP 30 deve inaugurar uma nova etapa para o comércio exterior de insumos originados da Amazônia. O encontro deve acelerar a construção de critérios rigorosos de rastreabilidade e comprovação de origem, voltados especialmente à bioeconomia. Na prática, exportar esses produtos exigirá documentação mais robusta sobre toda a cadeia produtiva.
A expectativa é que novos padrões internacionais criem um “selo” de confiabilidade para insumos amazônicos, destacando empresas que conseguirem demonstrar sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e regularidade fundiária. Essas exigências tendem a se tornar fator decisivo para acesso a mercados mais exigentes, especialmente na Europa.
Embora eleve o nível de responsabilidade do setor, o movimento também abre espaço para maior valorização dos produtos amazônicos. Mercados que buscam cadeias produtivas verdes podem aumentar a demanda por itens certificados, fortalecendo a economia regional.
Na agenda global contra mudanças climáticas, a bioeconomia amazônica ganha centralidade, e as novas regras devem funcionar como um divisor de águas para quem atua com exportação desses insumos. Trata-se de uma mudança que prepara o Brasil para competir em um mercado mais sustentável e regulado.
02 – Exportações do agronegócio batem recorde histórico em outubro
agronegócio brasileiro registrou o maior valor de exportações para um mês de outubro na série histórica, somando US$ 15,49 bilhões. O avanço de 8,5% em relação ao mesmo período do ano anterior foi impulsionado tanto pelos produtos tradicionais, como soja e carnes, quanto por itens que vêm ganhando espaço no mercado internacional.
Produtos como amendoim e rações para animais de estimação registraram crescimentos expressivos, mostrando a diversificação da pauta exportadora. A ampliação de mercados e a alta demanda externa contribuíram para o desempenho acima do previsto.
No acumulado do ano, de janeiro a outubro, o superávit do agronegócio chegou a US$ 124,97 bilhões. Trata-se de um dos maiores resultados já registrados, consolidando o setor como pilar da balança comercial brasileira.
O resultado reforça a capacidade do Brasil de atender à demanda global por alimentos, ao mesmo tempo em que evidencia a importância de manter eficiência logística e competitividade para continuar ampliando mercados.
03 – EUA reduzem tarifas para café, carne bovina e frutas
O governo dos Estados Unidos anunciou a redução de tarifas sobre mais de 200 produtos alimentícios, incluindo itens relevantes para o Brasil, como café, carne bovina e frutas tropicais. A medida faz parte de uma estratégia para conter a inflação interna e responder à pressão dos consumidores diante da alta nos preços de alimentos.
Apesar do movimento, algumas tarifas adicionais permanecem ativas. Produtos brasileiros, mesmo com a redução, ainda enfrentam cobrança de cerca de 40%, segundo autoridades brasileiras. O governo considera a medida positiva, mas reforça que o cenário ideal seria uma negociação que abrangesse todos os encargos extras.
A diminuição das tarifas tende a facilitar a entrada dos produtos brasileiros no mercado norte-americano. Isso pode fortalecer setores já consolidados, como café e proteína animal, além de abrir novas oportunidades para frutas e outros alimentos tropicais.
O alívio tarifário deve incentivar a retomada de volumes mais competitivos e reequilibrar a presença do Brasil em um dos mercados mais relevantes do mundo, enquanto negociações diplomáticas continuam em busca de condições ainda mais favoráveis.