01 – Importações desafiam siderurgia nacional
Em um cenário marcado pela queda nas vendas do aço nacional e um aumento expressivo das importações, especialmente da China, o setor siderúrgico está intensificando sua pressão sobre o governo federal: se as importações continuarem no mesmo nível, as empresas do Brasil podem ser forçadas a parar a produção e cortar postos de trabalho.
O mês de agosto foi marcado por um aumento significativo na importação de aço, chegando ao maior patamar desde julho de 2021, a 495,7 mil toneladas, avanço de 55,6% sobre o mesmo período de 2022, afirmou o Aço Brasil. Diante disso, o setor siderúrgico está fazendo um apelo ao governo para que aumente as tarifas de importação de 9,6% para 25%. Essa é uma medida drástica, mas o objetivo é evitar a interrupção da produção no setor nacional e, consequentemente, a redução do emprego.
Vale destacar que, neste mês, o governo federal revogou a redução de impostos de importação que havia sido renovada para 12 produtos de aço durante a gestão anterior em 2022. Essa revogação entrará em vigor a partir de outubro, e seu impacto já está sendo sentido pelo setor siderúrgico, aumentando ainda mais a urgência da revisão das tarifas de importação.
02 – Brasil e Vietnã firmam parceria para impulsionar o Agronegócio
Durante uma reunião bilateral, o presidente Lula (PT) e o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Mihn Chinh, selaram um acordo que promete revolucionar o comércio agrícola entre os dois países.
O acordo, formalizado por meio de um Plano de Ação, concretiza um Memorando de Entendimento assinado em 2018. Esse plano, inclui a troca de dados sobre exportações agropecuárias, regulamentação e negociação de mercado para importação e exportação de produtos agropecuários, florestais e de pesca.
O Vietnã é um destino-chave para as exportações do agronegócio brasileiro. Surpreendentemente, ele recebe quase a mesma quantidade de produtos brasileiros que a França! É o nosso sexto maior comprador mundial, adquirindo uma ampla gama de produtos, desde soja até carne bovina, com planos de expandir ainda mais essa parceria. O café brasileiro também está no radar do Vietnã, que já é um produtor dessa adorada bebida.
Além do acordo em si, uma missão oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil está agendada para o Vietnã. Essa missão busca explorar o potencial de máquinas para pequenos produtores e fortalecer ainda mais a relação comercial entre as nações.
03 – Brasil é líder nas exportações de milho e algodão também é destaque
O Brasil está brilhando nos holofotes do agronegócio internacional, consolidando sua posição como líder global nas exportações agrícolas. Não apenas o Brasil já liderava as vendas de produtos como café verde, carne bovina, soja e muito mais, mas agora também superou os Estados Unidos nas exportações de milho. Além disso, o país está no caminho certo para se tornar o maior exportador de algodão do mundo, ultrapassando os gigantes China e Índia.
No último relatório do departamento de agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil exportou uma impressionante quantidade de 57 milhões de toneladas de milho, ultrapassando os 42,29 milhões de toneladas dos produtores americanos na safra 2022/2023. E não para por aí. As projeções indicam que o Brasil está no caminho certo para se tornar o maior exportador de milho do mundo.
Este resultado não se limita ao milho. O Brasil está se preparando para liderar o mercado global de algodão também. No próximo ano, é previsto que o país também ultrapasse os Estados Unidos na produção de algodão, ficando em terceiro lugar no ranking mundial, atrás apenas da China e da Índia. Com uma produção esperada de 3 milhões de toneladas de algodão, o Brasil está pronto para desbancar os Estados Unidos, marcando um capítulo importante na história do agronegócio brasileiro.
O sucesso do Brasil no agronegócio é impulsionado por uma série de fatores. A tecnologia desempenha um papel crucial, com técnicas avançadas de plantio direto, irrigação eficiente e melhorias genéticas nas plantações. Essas inovações permitiram que os agricultores brasileiros aumentassem sua produtividade, colhendo até três safras agrícolas por ano na mesma área.
O Brasil está colhendo os frutos de seu excepcional crescimento na produção de milho, com uma safra que alcançou quase 132 milhões de toneladas na safra 2022/2023, um aumento notável de 17% em relação ao ano anterior. Isso é resultado da recuperação da produtividade em regiões-chave, como os Estados do Sul e o Mato Grosso.