01 – Nova tributação elevação de impostos para carros eletrificados
O governo federal anunciou, a partir de 1º de julho de 2025, o aumento nas alíquotas de importação para carros eletrificados, destacando modelos elétricos, híbridos plug‑in e híbridos tradicionais.
A medida, parte de um cronograma iniciado em novembro de 2023 pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), eleva as taxas para entre 25 % e 30 %, com expectativa de atingir 35 % já em julho de 2026.
A justificativa apresentada pelo governo é incentivar a produção nacional, reduzindo a dependência de importações e fortalecendo a competitividade da indústria brasileira . Em 2025, quase metade dos veículos eletrificados registrados no Brasil eram importados, o que pressionou o setor interno e acendeu o debate sobre equilíbrio tributário.
Montadoras como BYD, GWM, Caoa Chery, Geely e GAC reagiram investindo em fábricas no Brasil — com operações em Camaçari, Iracemápolis, Anápolis, Catalão e São José dos Pinhais — administrando estoques e adotando sistemas CKD/SKD para atenuar o impacto imediato das alíquotas.
Especialistas apontam que, embora a elevação seja gradual, ainda há margem para ajustes de preços no mercado até o plano definitivo ser concluído em 2026. A produção local ganha relevância como ferramenta de proteção ao consumidor e forma de desenvolvimento setorial sustentável.
02 – Acredita Exportação: incentivo inédito para os pequenos no comércio exterior
O Senado Federal aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei Complementar nº 167/2024, que cria o programa Acredita Exportação. A medida, que agora segue para sanção presidencial, tem como objetivo ampliar a presença de micro e pequenas empresas brasileiras no mercado internacional. O destaque da proposta está na devolução de tributos pagos ao longo da cadeia produtiva de exportação, incluindo empresas optantes pelo Simples Nacional.
O programa prevê a restituição de 3% das receitas de vendas ao exterior, valor que corresponde a uma parcela dos tributos pagos. Essa devolução poderá ser feita por compensação ou ressarcimento direto, contribuindo para maior competitividade das empresas de pequeno porte. A iniciativa é uma parceria entre os ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), da Fazenda e do Empreendedorismo.
Em 2024, segundo a Secretaria de Comércio Exterior, mais de 11,5 mil micro e pequenas empresas brasileiras exportaram seus produtos, representando 40% das companhias que atuaram no comércio internacional. A maior parte dessas exportações foi composta por produtos da indústria de transformação, mostrando a força produtiva desses negócios.
O Acredita Exportação integra um conjunto de ações do governo para fortalecer os pequenos negócios, como o Brasil Mais Produtivo, o Proex, o Seguro de Crédito à Exportação e o Desenrola Pequenos Negócios. Para empresas que atuam no comércio exterior, trata-se de uma oportunidade concreta de redução de custos e expansão dos negócios.
03 – Manga lidera ranking das frutas brasileiras no mercado externo
O começo de julho marca a comemoração do Dia Mundial da Fruta (01/07), uma data simbólica que celebra alimentos essenciais à saúde e à economia. As frutas brasileiras são destaque no mercado internacional e, em 2024, o país exportou mais de US$ 1,38 bilhão, ultrapassando a marca de um milhão de toneladas comercializadas entre frutas frescas e preparadas. O reconhecimento vem acompanhado de novas políticas de incentivo ao setor, como o recém-lançado Plano Safra 25/26.
A manga é a grande protagonista da fruticultura brasileira no exterior, com mais de US$ 350 milhões exportados em 2024, tendo como principais destinos a União Europeia, os Estados Unidos e o Reino Unido. Até maio de 2025, o país já havia vendido US$ 80 milhões em frutas, com destaque para o Nordeste — especialmente os estados de Pernambuco e Bahia — como grandes polos exportadores.
O Brasil também comercializa internacionalmente uvas, limões, limas, e preparações em conservas. Do lado das importações, frutas como maçã, pera e kiwi são destaque. No entanto, o clima temperado das regiões Sul e Sudeste tem favorecido o crescimento da produção local dessas frutas, além de mirtilos, pêssegos e outras variedades.
A fruticultura segue sendo um setor estratégico para o comércio exterior brasileiro, com grande potencial de crescimento, especialmente com o suporte de políticas públicas, infraestrutura adequada e capacitação dos produtores. Para empresas que atuam com exportação de frutas, o cenário é promissor e exige atenção constante às oportunidades de mercado e acordos internacionais.