Se alguma coisa pode interferir ou influenciar no andamento da sua operação, nós estamos de olho. No Mix de Notícias de hoje, vamos explorar as novidades trazidas pela lei europeia contra o desmatamento, o resultado da balança comercial de junho e muito mais. Confira:
01 – UEDR irá impactar exportação brasileira
O Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamentos (EUDR) tem previsão de aplicação a partir de dezembro de 2024, mas os representantes do governo brasileiro estudam os impactos negativos que a nova regulamentação terá sobre os produtos comercializados entre os blocos econômicos.
Segundo parlamentares, a nova lei é unilateral, tem caráter extraterritorial e afetará cerca de 34% dos produtos exportados pelo Brasil para a UE em 2022.
O regulamento europeu incide sobre várias commodities, como madeira, soja, carne bovina, cacau, café, óleo de palma, borracha e seus derivados. Esses produtos, para serem comercializados com a Europa a partir de 2024, deverão passar por verificações para garantir que não tenham sido produzidos em áreas de desmatamentos legal ou ilegal. A lei prevê punições, como suspensão de importações, apreensão ou destruição de produtos e multas de até 4% do faturamento anual da empresa.
Em contrapartida, o embaixador da UE no Brasil, afirmou que a lei tem como objetivo combater a degradação florestal e que o Brasil pode transformá-la em uma “vantagem competitiva”.
Alguns representantes brasileiros mencionaram a importância de programas e sistemas brasileiros, como o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM) e os sistemas de rastreabilidade de produtos, como trunfos para o Brasil. Além disso, eles ressaltaram que a lei europeia enfraquece os organismos multilaterais.
02 – Egito se torna sétimo maior exportador de fertilizantes
O Egito ocupa o sétimo lugar no mundo em exportação de fertilizantes, de acordo com o Conselho de Exportação de Químicos e de Fertilizantes do Egito (CEC). A Rússia lidera o ranking, seguida por Omã, Catar, Arábia Saudita, Argélia e Nigéria.
A meta é aumentar as exportações egípcias de fertilizantes em 25% a 30% este ano. No ano passado, o setor químico representou 25% das exportações não petrolíferas do Egito, chegando perto de US$ 9 bilhões, o que colocou o setor em primeiro lugar entre os exportadores do país.
Em relação aos fertilizantes, as exportações egípcias atingiram cerca de US$ 3,4 bilhões no ano passado, em comparação com US$ 2,3 bilhões em 2021. Com esse aumento, o Egito passou a ocupar o sétimo lugar no mundo como fornecedor internacional de fertilizantes.
A crise entre Rússia e Ucrânia contribuiu para que o Egito encontrasse novos mercados, como os países da União Europeia, como alternativa aos produtos russos.
O CEC mencionou que o Brasil, a Turquia e a Índia estão entre os grandes mercados com potencial para as exportações egípcias de fertilizantes. O Brasil apresenta uma diferença significativa entre o potencial e as exportações efetivas em termos de valor, com oportunidades de exportação superiores a US$ 300 milhões apenas no mercado brasileiro.
03 – Exportações crescem 10,4% até primeira semana de julho
O superávit comercial do Brasil em julho foi de US$ 2,934 bilhões, o que significa que as exportações (US$ 7,843 bilhões) excederam as importações (US$ 4,91 bilhões). A corrente de comércio, que é a soma das exportações e importações, foi de US$ 12,753 bilhões.
Comparando as médias diárias de exportação em julho de 2023 (US$ 1,568,67 bilhão) com julho de 2022 (US$ 1,421 bilhão), houve um crescimento de 10,4%. Já em relação às importações, a média diária até a primeira semana de julho de 2023 (US$ 981,92 milhões) teve uma queda de 15,8% em comparação com julho do ano anterior (US$ 1,166 bilhão). Esses dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
No acumulado do ano, as exportações totalizaram US$ 173,523 bilhões e as importações alcançaram US$ 125,525 bilhões, resultando em um saldo positivo de US$ 47,998 bilhões na balança comercial. A corrente de comércio no período foi de US$ 299,048 bilhões.
Analisando os setores e produtos específicos, observa-se que no acumulado até a primeira semana de julho houve um crescimento de US$ 107,81 milhões (+33,7%) nas exportações do setor agropecuário em relação à média diária. Houve uma queda de US$ 29,38 milhões (-9,3%) nas exportações do setor de indústria extrativa e um crescimento de US$ 68,95 milhões (+8,8%) nas exportações de produtos da indústria de transformação.
Em relação às importações, no acumulado até a primeira semana de julho, comparado ao mesmo mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: queda de US$ 8,89 milhões (-39,3%) nas importações do setor agropecuário, crescimento de US$ 7,66 milhões (+10,7%) nas importações do setor de indústria extrativa e queda de US$ 175,71 milhões (-16,5%) nas importações de produtos da indústria de transformação.