01 – Camex aprova redução de tarifa de importação para 15 produtos
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou recentemente a redução de tarifas de importação para 15 produtos que não são produzidos no Brasil, buscando fortalecer cadeias produtivas estratégicas. Entre os itens beneficiados estão baterias de íons de lítio, sistemas de compressão torácica automática, conectores elétricos para placas de circuito e tubos de aço cromo-molibdênio, que tiveram suas alíquotas reduzidas a zero.
Ao mesmo tempo, a Camex decidiu manter medidas de proteção para setores considerados vulneráveis. Permanecem os aumentos de impostos para produtos químicos, tipos de papel cartão e pneus de automóveis de passeio. Além disso, medidas de defesa comercial foram renovadas para laminados de aço, aço inoxidável e alhos frescos ou refrigerados.
A decisão representa um esforço para equilibrar a necessidade de importação de insumos essenciais com a proteção da indústria nacional. Essa combinação busca ampliar a competitividade em áreas onde há carência de produção local, sem abrir mão da preservação de segmentos expostos a surtos de importação.
02 – EUA aplicam tarifa de 25% sobre caminhões pesados importados
O governo dos Estados Unidos anunciou a aplicação de uma tarifa de 25% sobre caminhões pesados importados, em vigor a partir de outubro de 2025. A medida foi justificada como uma forma de proteger a indústria doméstica, garantindo maior competitividade para fabricantes locais.
A decisão faz parte de um pacote mais amplo de tarifas, que também inclui sobretaxas para medicamentos e móveis importados. No setor automotivo, o impacto é direto: modelos vindos de fora do país terão custos mais altos, tornando os produtos americanos mais atrativos.
Esse movimento pode gerar repercussões significativas para exportadores que têm o mercado norte-americano como destino. Ajustes de preços, estratégias logísticas e possíveis retaliações comerciais estão no horizonte, criando incertezas no comércio internacional.
03 – China exigirá licenças de exportação para veículos elétricos
A China passará a exigir, a partir de 2026, licenças de exportação para veículos elétricos. A medida tem como objetivo garantir maior controle sobre a qualidade dos produtos enviados ao exterior e proteger a imagem das marcas chinesas no mercado internacional.
O novo requisito busca evitar que veículos sejam exportados por canais não autorizados ou destinados a mercados sem infraestrutura adequada de pós-venda. Além disso, a medida responde a preocupações com a revenda de veículos usados disfarçados como novos, prática que poderia prejudicar a reputação do setor.
Para empresas exportadoras, a exigência representa uma nova camada de burocracia, podendo gerar atrasos, custos adicionais e desafios alfandegários. Importadores, por sua vez, precisarão assegurar que os veículos adquiridos cumpram com as licenças necessárias.