Ásia e Brasil. Parece óbvio pensar na China quando falamos dessa relação, não é mesmo? Acontece que existem pelo menos mais 5 países dentro desse continente que, além de possuir relação comercial com o Brasil, também são destinos promissores para o comércio internacional do país.
Confira as informações que coletamos e entenda porque você precisa negociar com a Ásia. Boa leitura!
Um passo atrás
Apesar de não ser uma prioridade da política brasileira, os países asiáticos identificaram no Brasil uma fonte confiável de matéria prima e insumos básicos.
Em contrapartida, o potencial de fornecimento de tecnologia de ponta foi o ponto principal de interesse nessa relação comercial por parte dos brasileiros.
Os números mostram que 2009 foi um ano decisivo na relação do Brasil com o continente asiático. A partir daí, a China começou a aparecer como o principal parceiro comercial dos brasileiros e nunca mais deixou esse posto.
A ideia desse artigo é mostrar que a Ásia é um continente amplo e que existem outras nações importantes na economia do Brasil. Mas, é impossível tocar nesse assunto sem falar da China também.
Sim, vamos começar pela China
Não é à toa que a China é o primeiro pensamento que temos quando falamos da relação entre Brasil e Ásia. Atualmente, o mercado chinês representa dois terços de todo o intercâmbio comercial do Brasil com países asiáticos.
Só em 2019, ano anterior à pandemia de Covid-19, 68% das exportações brasileiras foram com destino à China.
Nessa relação, temos grandes grupos de comoodities: soja (32%), petróleo (24%) e minério de ferro (21%) nos percentuais de 2019.
Japão, Índia e Coreia do Sul: conheça o outro lado da moeda
O Japão se destaca principalmente como a quarta maior colônia de imigrantes brasileiros. Esse fato propicia a criação de comunidades nipo-brasileiras, que facilitam a relação comercial entre os dois países.
De acordo com os dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da JETRO (Organização de Comércio Exterior do Japão), mais de 700 empresas japonesas possuem investimento no Brasil, com mais de 400 fábricas estabelecidas no Brasil.
Além disso, o Japão também é um dos grandes protagonistas para o agronegócio brasileiro. Em 2019, por exemplo, 50% das exportações do Brasil para o Japão foram do segmento do agro, tendo como principais produtos o milho, a carne de frango e o café.
Enquanto isso, no segundo país mais populoso do mundo, temos a Índia como um potencial parceiro para a economia do Brasil.
Desde que se estabeleceu como um polo internacional de serviços, em especial da tecnologia da informação, a Índia virou um destaque não apenas para o Brasil, como para o mundo.
Acompanhado da participação conjunta das nações em compromissos como o BRICS e do Fórum IBAS, a relação bilateral da Índia com o Brasil foi estabelecida e hoje podemos aproveitar o acordo diplomáticos de preferências tarifárias, que engloba cerca de 450 produtos de cada parte.
Os brasileiros vendem aos indianos sobretudo petróleo (+ de 50% do total), ouro e açúcar. Já a Índia exporta gasolina, produtos químicos orgânicos, máquinas e aparelhos mecânicos, têxteis sintéticos, farmacêuticos e máquinas e aparelhos elétricos.
Esse fluxo comercial gera em torno de US$ 7 bilhões ao ano. A Índia é o quarto maior parceiro comercial do Brasil na Ásia.
Continuando o tour pelos países asiáticos, a Coreia do Sul é parada obrigatória quando o assunto é a economia brasileira. O país asiático está presente entre os principais destinos dos produtos brasileiros no mundo.
Um fato curioso sobre a relação entre os dois países é a balança comercial entre eles, a Coreia do Sul é o segundo maior déficit comercial do Brasil, ou seja, existem mais volumes de importação do que de exportação para o lado dos brasileiros.
Um dos motivos para esse fato se dá pelo alto consumo brasileiro de produtos tecnológicos sul-coreanos de alto valor agregado. Em contrapartida, a Coreia importa do Brasil sobretudo commodities, tornando-se o terceiro principal destino dos produtos entre os países asiáticos.
Você já ouviu falar na Asean?
A Associação das Nações do Sudeste Asiático é um bloco econômico composto por dez países. A região é considerada como uma das mais dinâmicas em termos de economia global e possui excelentes perspectivas de crescimento.
Em 2019, o fluxo comercial da região com o Brasil alcançou US$ 19 bilhões, um marco inédito e que demonstrou o potencial de negociação possível entre eles. Os principais produtos foram o minério de ferro, petróleo e óleos brutos, produtos do complexo de soja, milho e algodão.
O maior parceiro brasileiro da região foi Singapura, que recebeu 38% das exportações, seguida da Malásia, Tailândia, Indonésia, Vietnã e Filipinas.
Continue o aprendizado
Gostou do que leu até aqui? Então continue a aprender sobre esse e outros assunto na nossa newsletter semanal.
Enviamos toda segunda-feira uma seleção com as principais notícias, além de compartilhar conteúdos úteis e relevantes para a sua operação.
Clique aqui e cadastre-se agora mesmo.