01 – China proíbe importação de carne de frango do Brasil
A China anunciou a suspensão total das importações de carne de frango e produtos relacionados provenientes do Brasil, após a confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul, em 16 de maio. A medida foi oficializada pela Administração Geral de Alfândegas da China em 29 de maio e inclui a devolução ou destruição de qualquer remessa que chegue ao país.
O Brasil, maior exportador mundial de carne de frango e principal fornecedor do produto para o mercado chinês, exportou cerca de US$ 10 bilhões em 2024, representando aproximadamente 35% do comércio global. A decisão de Pequim contraria o pedido do governo brasileiro, que solicitava a restrição apenas às exportações oriundas do estado afetado.
Além da China, outros países como Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, União Europeia e Coreia do Sul também impuseram restrições, embora limitadas a níveis estaduais. A proibição chinesa, no entanto, é a mais abrangente e impacta significativamente os produtores brasileiros, especialmente aqueles com operações voltadas para o mercado asiático.
O setor avícola brasileiro agora enfrenta o desafio de negociar a reabertura do mercado chinês. A aproximação diplomática entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping pode ser crucial para reverter a situação e minimizar os prejuízos ao agronegócio nacional.
02 – Trump pressiona UE com ameaça de tarifas de 50%
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor tarifas de 50% sobre produtos importados da União Europeia a partir de junho, alegando dificuldades nas negociações comerciais com o bloco. A medida, que mais do que dobraria as tarifas existentes, visa pressionar a UE a fazer concessões significativas nas tratativas em curso.
A União Europeia, por sua vez, busca acelerar as negociações e propõe um modelo de “zero para zero”, eliminando tarifas sobre bens industriais, incluindo automóveis. No entanto, a manutenção de tarifas de 10% a 25% por parte dos EUA sobre produtos como aço e alumínio complica o avanço das conversas.
Empresas europeias expressam preocupação com a instabilidade das políticas comerciais americanas, o que dificulta o planejamento e os investimentos. A possibilidade de uma guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo gera incertezas nos mercados globais e pode afetar cadeias de suprimentos em diversos setores.
Diante desse cenário, é fundamental que as partes envolvidas busquem soluções equilibradas para evitar prejuízos econômicos significativos. A comunidade internacional acompanha atentamente os desdobramentos dessas negociações, que têm potencial para redefinir o comércio transatlântico nos próximos anos.
03 – Brasil conquista abertura de dez novos mercados para exportações agropecuárias
O Brasil alcançou um marco significativo na expansão de suas exportações agropecuárias com a abertura de dez novos mercados internacionais. Essa conquista é resultado de esforços diplomáticos e técnicos para diversificar os destinos dos produtos agrícolas brasileiros, fortalecendo a presença do país no comércio global.
Entre os novos mercados abertos, destacam-se países da Ásia, África e América Latina, que demonstraram interesse em importar produtos como carne bovina, suína, de frango, além de frutas e grãos. Essa diversificação é estratégica para reduzir a dependência de mercados tradicionais e mitigar riscos associados a barreiras comerciais e sanitárias.
A ampliação do acesso a esses mercados representa uma oportunidade para os produtores brasileiros aumentarem sua competitividade e agregarem valor às suas exportações. Além disso, reforça a imagem do Brasil como um fornecedor confiável e comprometido com padrões internacionais de qualidade e sustentabilidade.
Para aproveitar plenamente essas oportunidades, é essencial que os exportadores estejam atentos às exigências específicas de cada mercado e invistam em adequações necessárias.