01 – Indonésia adere ao BRICS: implicações para o comércio global
A Indonésia oficializou sua entrada no BRICS em 6 de janeiro de 2025, tornando-se o primeiro país do Sudeste Asiático a integrar o bloco composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Com uma população de cerca de 270 milhões e uma das economias mais dinâmicas do mundo, sua adesão reforça o papel do BRICS na construção de uma ordem mundial multipolar.
A inclusão da Indonésia não apenas fortalece o bloco como um importante grupo de economias emergentes, mas também impulsiona as perspectivas de cooperação entre os membros. O país possui recursos naturais abundantes e é um grande exportador de commodities, o que o torna um parceiro estratégico para os demais integrantes do BRICS. Além disso, sua posição geográfica privilegiada no Sudeste Asiático pode abrir novos caminhos para o comércio regional.
Para os países-membros e empresas que operam globalmente, a entrada da Indonésia pode trazer novas oportunidades e desafios. As trocas comerciais, os investimentos e até mesmo as dinâmicas de negociação em fóruns internacionais podem ser impactados. No contexto do comércio exterior, entender essa nova configuração é essencial para antecipar tendências e identificar potenciais parcerias.
02 – FuelEU Maritime: novas regras ambientais para o transporte marítimo na UE
A regulamentação FuelEU Maritime, parte do pacote “Fit for 55” da União Europeia, entrou em vigor em 1º de janeiro de 2025. Essa nova medida visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa do transporte marítimo, um dos setores mais poluentes da economia global. Os limites estabelecidos aplicam-se a navios com mais de 5.000 toneladas brutas que operam em portos da UE, exigindo uma redução inicial de 2% na intensidade de emissões em relação aos níveis de 2020.
A legislação incentiva a adoção de combustíveis de baixo carbono, como biocombustíveis e combustíveis sintéticos, além do uso de tecnologias alternativas, como energia elétrica durante a estadia em portos. Apesar dos desafios para implementação, a medida busca transformar o setor em um aliado na luta contra as mudanças climáticas, promovendo inovações tecnológicas e práticas mais sustentáveis.
Empresas que não cumprirem as metas estarão sujeitas a multas pesadas, o que reforça a necessidade de adaptação. A introdução dessa regulamentação também poderá influenciar os custos operacionais e as estratégias de logística das empresas, tornando a sustentabilidade um elemento central no transporte marítimo. Para o Brasil, parceiro comercial significativo da UE, essa mudança impacta diretamente o comércio exterior marítimo, exigindo maior atenção às práticas sustentáveis na cadeia logística.
03 – Brasil proíbe importação de resíduos sólidos: impactos na logística e Comércio Exterior
O Brasil deu um importante passo em direção à sustentabilidade ao implementar uma nova legislação que proíbe a importação de resíduos sólidos. Essa medida, alinhada às diretrizes internacionais de gestão ambiental, tem como objetivo proteger a saúde pública e reduzir os impactos ambientais causados pela entrada de materiais que demandam tratamento complexo ou descarte inadequado.
A proibição impacta diretamente setores que utilizam resíduos importados para reciclagem ou outros fins industriais. Empresas envolvidas nessa cadeia precisam repensar suas operações, buscando fornecedores nacionais ou alternativas sustentáveis que atendam às novas exigências. Esse movimento também representa uma oportunidade para fortalecer a economia circular no país, promovendo a gestão responsável de resíduos gerados internamente.
Além disso, a medida reforça a imagem do Brasil como um país comprometido com práticas ambientais responsáveis, o que pode atrair investimentos de mercados que valorizam a sustentabilidade. Para empresas que atuam no comércio exterior, compreender e se adaptar a essa nova legislação é essencial para garantir conformidade e manter a competitividade no mercado global.