O transporte de cargas perigosas é definido como a movimentação de produtos que podem oferecer riscos à saúde, ao meio ambiente ou a segurança da população. Por isso, a movimentação dos produtos que se encaixam nesta definição devem receber atenção diferenciada, a fim de evitar qualquer tipo de imprevisto.
Fique atento às regrinhas que envolvem o transporte desse modelo. Afinal, qualquer erro pode trazer risco a vida das pessoas envolvidas diretamente na operação, além de multas e implicações legais.
CONHEÇA AS CARGAS CONSIDERADAS PERIGOSAS
Existem nove categorias para os produtos que oferecem algum tipo de risco ao meio ambiente ou a sociedade. Essa classificação é feita de acordo com a natureza dos materiais e com os tipos de danos que podem ocasionar. São elas:
Explosivos: Esses produtos produzem gases e calor em grande quantidade. Os exemplos mais comuns são a nitroglicerina e a pólvora;
Gases: Apesar de não apresentarem odor ou cor, se espalham com facilidade pelo ar, como é o caso do gás de cozinha, cloro e amônia;
Líquidos inflamáveis: Quando expostos a altas temperaturas, esses produtos geram uma reação de combustão como os combustíveis: gasolina, álcool e óleo diesel;
Sólidos inflamáveis: Essas substâncias tornam-se inflamáveis quando em contato com as chamas ou com a ocorrência de atrito. Um exemplo disso é o enxofre;
Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos: Os materiais dessa categoria podem liberar oxigênio e, assim, gerar incêndios. Um exemplo é a água oxigenada;
Substâncias tóxicas e substâncias infectantes: Esses produtos químicos são capazes de causar danos sérios a saúde, mesmo quando em pequenas quantidades, como os pesticidas;
Material radioativo: A energia liberada por essas substâncias é invisível e é necessário equipamento especializado para detectá-la. Somente a blindagem em contêiner garante que a radioatividade não se espalhe;
Substâncias corrosivas: Esse tipo de material pode causar queimaduras se entrar em contato com a pele, tanto no seu estado líquido como no sólido. Alguns exemplos são: ácido sulfúrico e a soda cáustica;
Substâncias e artigos perigosos diversos: esta categoria foi criada para englobar os produtos que, por diversas razões, não se encaixam nas outras classes. Um exemplo desse tipo de material são as baterias de lítio.
COMO ACONTECE A FISCALIZAÇÃO
É definido pela Portaria n° 204/97 do Ministério dos Transportes os produtos considerados perigosos. Enquanto a Organização das Nações Unidas (ONU) estabelece como o manuseio desse material deve ser realizado.
Para obter autorização para movimentar cargas perigosas, as empresas de transporte – rodoviário, aéreo e portuário – devem seguir rigorosamente as normas e regulamentações. Além disso, como cada modal representa riscos específicos à operação, é preciso avaliar sempre a locomoção que oferece a menor ameaça para o tratamento da substância.
O órgão fiscalizador do transporte rodoviário é a Polícia Rodoviária Federal, já a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) cuida do modal aéreo e a ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) analisa o transporte marítimo.
Todos os agente envolvidos na operação devem possuir conhecimento aprofundado e responsabilidade para verificar, manusear e preencher os documentos da forma correta e segura.
Seguindo corretamente todos os passos da fiscalização, fica mais fácil prevenir situações de risco e, também, evitar o pagamento de multas que comprometem a sua operação.
COMO IDENTIFICAR OS PRODUTOS PERIGOSOS
Para que aconteça o manuseio correto das cargas perigosas, existem símbolos e placas que devem ser fixados nas embalagens e nos veículos que transportam estes materiais. São elas:
1 – Etiquetas de perigo compostas por um losango na cor vermelha informando o símbolo e a classe/subclasse do risco;
2 – Sinalização de manuseio, que dão orientações para o transporte.
3 – Painel de segurança, caracterizado por um quadrado laranja que descreve o número de risco e o código ONU.
COMO TRABALHAR COM CARGA PERIGOSA DE FORMA CONSCIENTE
A cadeia logística de transporte de cargas perigosas envolve diversos agentes. Por isso, atente-se para quem são os seus parceiros internacionais e verifique se todos possuem capacitação para lidar com materiais químicos. Essa é a maneira mais assertiva de garantir um transporte seguro e eficiente para a sua carga perigosa.
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