01 – Novo sistema de controle das operações de importação
A partir de dezembro, a Secretaria da Economia lançará o Sistema de Controle das Operações de Importação (SISIMP), um avanço que promete simplificar e acelerar o processo de importação para empresas e executivos em diferentes setores econômicos, como o automobilístico, farmacêutico e de fertilizantes, que já foram selecionados para testar a novidade em novembro.
O SISIMP traz a automatização dos processos de importação, reduzindo a burocracia e ampliando a agilidade no atendimento. Além de garantir um suporte disponível 24 horas por dia, incluindo finais de semana e feriados, o sistema permite a emissão imediata da Guia de Liberação de Mercadoria Estrangeira (GLME) e do Documento de Arrecadação (DARE), facilitando o pagamento do ICMS para os casos aplicáveis.
A iniciativa tem sido apresentada para os contribuintes em encontros organizados pela Gerência do Comércio Exterior, com a intenção de garantir uma transição fluida para o novo sistema. A alta gestão considerou o sistema “inovador e prático” em função da relevância e das melhorias que trará para o comércio exterior.
A implementação do SISIMP se alinha estrategicamente às mudanças planejadas pela Receita Federal do Brasil, que, a partir de janeiro de 2025, substituirá a tradicional Declaração de Importação (DI) pela nova Declaração Única de Importação (DUIMP). Essa plataforma unificada centralizará e modernizará o processo de importação, trazendo mais segurança e eficiência para as empresas que operam no comércio exterior.
Para executivos e empresários, o SISIMP representa um importante passo para a produtividade e compliance no mercado global, proporcionando mais competitividade ao se antecipar a essa mudança estrutural no sistema de importações do Brasil.
02 – Maersk projeta continuidade das interrupções no Canal de Suez devido à crise no Mar Vermelho
A A.P. Moller-Maersk, gigante do setor de transporte marítimo, não espera que as atividades de navegação pelo Canal de Suez retornem ao normal no início de 2025, devido à crise em curso no Mar Vermelho. Ataques a embarcações realizados por militantes Houthi, alinhados ao Irã, têm afetado severamente essa rota essencial para o comércio entre o Oriente e o Ocidente, gerando aumentos nas tarifas de frete e congestionamento nos principais portos da Ásia e Europa.
Apesar dos desafios na navegação, a Maersk registrou uma demanda robusta por transporte de mercadorias no terceiro trimestre, impulsionada principalmente pelas exportações da China e do Sudeste Asiático, sem sinais de desaceleração dos volumes vindos da Europa e América do Norte nos próximos meses. A administração da empresa segue otimista quanto ao futuro próximo, reforçando que o consumo e a atividade econômica sustentam a procura por frete de contêineres.
A Maersk reafirmou seus resultados robustos no terceiro trimestre, e elevou suas previsões anuais, respaldada tanto pela demanda constante quanto pelas interrupções no transporte na região do Mar Vermelho.
03 – Brasil amplia presença no sudeste asiático com foco em exportação de frutas, couro e máquinas agrícolas
Com uma economia em rápido crescimento e um PIB de 3,8 trilhões de dólares, a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) se destaca como um dos principais destinos para as exportações brasileiras. Atualmente, a região é o terceiro maior mercado para o Brasil, superando até o Mercosul. Em resposta a esse potencial, a Apex Brasil está liderando, nesta semana, uma série de reuniões na região para explorar novas oportunidades e superar barreiras comerciais.
O Sudeste Asiático, que abriga cerca de 682 milhões de habitantes (quase metade da população da China), apresenta uma demanda crescente por produtos brasileiros, especialmente frutas, couro e máquinas agrícolas. Nos primeiros nove meses deste ano, as exportações brasileiras para o bloco cresceram 8,8% em comparação ao mesmo período do ano passado, ultrapassando 24 bilhões de dólares.
Além disso, há uma crescente demanda por produtos manufaturados, incluindo couro e alimentos para animais, que ampliam as possibilidades de exportação.
Os adidos agrícolas brasileiros e os 128 escritórios de promoção comercial no exterior também desempenham um papel importante na identificação e mitigação de barreiras comerciais que limitam a expansão das exportações brasileiras. Entre as recentes conquistas, destacam-se:
- Sistema de pre-listing: implementado nas Filipinas e em Cingapura, onde as definições de habilitações do Brasil são aceitas, facilitando a entrada de produtos.
- Aberturas de mercado: novos mercados foram conquistados para carne de aves no Butão, Dry Distillers Grains (DDG) de milho no Vietnã, bovinos vivos na Indonésia e gelatina bovina na Malásia.
No entanto, ainda existem desafios a serem superados. Entre as barreiras comerciais que o Brasil enfrenta na região estão a exportação de gado vivo e gelatina bovina para a Malásia, carne bovina para o Vietnã, carne suína para a Indonésia e bovinos vivos para o Camboja.
A expansão das exportações brasileiras para o Sudeste Asiático representa uma oportunidade estratégica para diversificar os mercados e impulsionar a economia nacional. Com esforços contínuos para superar barreiras comerciais e abrir novos canais de exportação, o Brasil se posiciona cada vez mais como um parceiro comercial relevante para essa região em rápido desenvolvimento.
Para os executivos e empresários brasileiros, o Sudeste Asiático oferece um cenário promissor, com demandas que vão muito além das exportações tradicionais. A crescente presença do Brasil nesse mercado reflete o compromisso de explorar novas fronteiras, gerando valor e fortalecendo sua posição no cenário global.