01 – ANTAQ adota medidas excepcionais para enfrentar a seca na Amazônia em 2024
A Região Amazônica está vivenciando uma das secas mais severas dos últimos anos. Para mitigar os impactos na navegação e garantir o abastecimento de insumos essenciais, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) tomou uma série de medidas excepcionais em 2024. Essas ações visam manter o fluxo de cargas vitais, como combustíveis e contêineres, que sustentam a economia e o bem-estar das comunidades locais.
Uma das principais iniciativas foi a autorização temporária para adaptar terminais e criar bases subsidiárias de apoio logístico, permitindo que, mesmo com a seca, as operações de transporte continuem de forma eficiente. Além disso, a ANTAQ flexibilizou novamente a regulação para o uso de embarcações estrangeiras na cabotagem, facilitando o transporte entre portos da Amazônia.
Esse tipo de autorização, aplicada também em 2022 e 2023, já havia se mostrado uma solução eficaz para manter as operações durante períodos críticos de estiagem. Outra medida foi a permissão para afretar balsas e empurradores de bandeira brasileira, garantindo operações de transbordo em pontos estratégicos dos rios Amazonas e Negro.
Com a redução significativa no nível dos rios, a ANTAQ age de maneira rápida e inovadora, tomando decisões preventivas para superar os desafios impostos à navegação. A restrição de calado, que limita a capacidade de carga das embarcações, é um dos obstáculos mais preocupantes. No entanto, a Agência está preparada para adotar novas medidas, caso a situação se agrave, incluindo ajustes na frota e esquemas operacionais flexíveis, conforme já implementado em outras regiões do país, como o Rio Grande do Sul.
Além das autorizações emergenciais, a ANTAQ também avança nos projetos de concessões hidroviárias, priorizando a licitação de seis hidrovias estratégicas: Madeira, Paraguai, Tapajós, Tocantins, Lagoa Mirim e Barra Norte. Com investimentos garantidos para a manutenção dessas vias, espera-se prolongar o período de navegação, mesmo durante a seca, e possibilitar o tráfego de embarcações maiores e com maior capacidade de carga.
Em meio a desafios climáticos e operacionais, a ANTAQ continua monitorando a situação de perto, demonstrando um compromisso contínuo com a eficiência logística e a sustentabilidade do transporte aquaviário no Brasil.
02 – Brasil investe no setor de semicondutores para ganhar espaço nas cadeias globais de tecnologia
As indústrias brasileiras de semicondutores estão se preparando para ingressar nas cadeias globais de tecnologia de ponta, com o objetivo de exportar chips “Made in Brazil” para importantes mercados, como Estados Unidos e Europa. Em um movimento estratégico, as fábricas estão direcionando recursos privados para pesquisa e desenvolvimento, aumento da capacidade produtiva e expansão de suas instalações.
Durante um evento realizado na quarta-feira (11), no Palácio do Planalto, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (Abisemi) anunciou um investimento de R$ 24,8 bilhões. Esse montante será direcionado à inovação tecnológica, expansão da produção e consolidação das indústrias nacionais no competitivo mercado global de semicondutores.
Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei que cria o programa Brasil Semicon e atualiza o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis). Com incentivos de R$ 7 bilhões por ano, a legislação visa estimular a produção de chips, painéis solares e eletroeletrônicos, proporcionando um ambiente propício para que o Brasil se torne um player relevante no cenário internacional de tecnologia.
O evento também marcou o lançamento da Missão 4 da NIB, que tem como foco impulsionar a transformação digital no Brasil. A missão abrange áreas como a fabricação de chips, robótica, computação em nuvem, telecomunicações, eletromobilidade, e a otimização de processos industriais. O objetivo é promover o avanço em tecnologias de ponta, incluindo internet das coisas (IoT), inteligência artificial (IA) e Big Data.
Os investimentos privados anunciados, que somam R$ 85,7 bilhões, incluem setores eletroeletrônicos, demonstrando o compromisso do Brasil em se posicionar como um hub de inovação tecnológica e desenvolvimento industrial.
Com esse conjunto de medidas, o Brasil almeja se tornar um competidor global em tecnologias de semicondutores, atraindo investimentos e fortalecendo sua participação nas cadeias globais de valor.
03 – Balança Comercial Brasileira: superávit de US$ 56,2 bilhões até a primeira semana de setembro de 2024
As exportações brasileiras somaram US$ 234,6 bilhões no acumulado de janeiro até a primeira semana de setembro de 2024, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do MDIC nesta segunda-feira (9/9). No mesmo período, as importações totalizaram US$ 178,4 bilhões, resultando em um saldo positivo de US$ 56,2 bilhões na balança comercial, com a corrente de comércio atingindo US$ 412,9 bilhões.
Na primeira semana de setembro, a média diária da corrente de comércio foi de US$ 2,6 bilhões, com um saldo diário médio de US$ 421,65 milhões. Comparado com o mesmo período de 2023, houve um crescimento de 8,1% na corrente de comércio. No período, a balança comercial registrou um superávit de US$ 2,1 bilhões, com exportações no valor de US$ 7,6 bilhões e importações de US$ 5,5 bilhões.
Em relação às exportações, a média diária da primeira semana de setembro de 2024 foi de US$ 1,5 bilhão, um aumento de 5,5% em comparação ao mesmo mês de 2023, quando a média foi de US$ 1,4 bilhão. Já nas importações, a média diária foi de US$ 1,1 bilhão, o que representa um crescimento significativo de 11,9% em comparação com a média de US$ 976,6 milhões do mesmo período no ano anterior.
O grande destaque das exportações em 2024 é a Indústria de Transformação, que apresentou um aumento expressivo de 25,3%, totalizando US$ 179,83 milhões no acumulado até a primeira semana de setembro. No entanto, outros setores não mantiveram o mesmo ritmo de crescimento: as exportações do setor agropecuário caíram 20,5%, e a indústria extrativa registrou queda de 9,8% no mesmo período.
Nas importações, a Indústria de Transformação também se destacou, com um crescimento de 12,5%, alcançando US$ 112,05 milhões no acumulado até setembro. O setor agropecuário registrou um aumento de 22,2%, somando US$ 4,31 milhões, enquanto a indústria extrativa sofreu uma leve queda de 1,1%, com uma redução de US$ 0,6 milhões.
Esses resultados mostram que, apesar dos desafios enfrentados por alguns setores, o Brasil continua avançando no comércio internacional, impulsionado principalmente pelo desempenho positivo da Indústria de Transformação. O país segue fortalecendo sua balança comercial, com exportações em alta e um superávit considerável no cenário global.