01 – Frete dispara com trégua entre EUA e China e Brasil sofrerá com custo de importações
A recente trégua comercial entre Estados Unidos e China trouxe alívio para as tensões globais, mas também provocou um aumento significativo nos custos de frete internacional. Com a retomada das negociações e a intensificação do comércio entre as duas maiores economias do mundo, a demanda por transporte marítimo cresceu, elevando os preços dos fretes.
Essa elevação nos custos logísticos impacta diretamente países como o Brasil, que dependem do transporte marítimo para suas importações. Empresas brasileiras enfrentam agora desafios adicionais para manter a competitividade de seus produtos, já que o aumento do frete pode ser repassado aos preços finais.
Além disso, a escassez de contêineres e a congestão nos portos internacionais agravam a situação, causando atrasos nas entregas e aumentando ainda mais os custos operacionais. Setores que dependem de insumos importados, como o industrial e o varejista, são os mais afetados por essa conjuntura.
Para mitigar esses impactos, é essencial que as empresas brasileiras revisem suas cadeias de suprimentos, busquem alternativas logísticas e considerem a diversificação de fornecedores. A adoção de estratégias mais resilientes pode ajudar a enfrentar os desafios impostos pelo cenário atual do comércio internacional.
02 – Argentina zera impostos de importação sobre eletrônicos
A Argentina anunciou um plano para reduzir e, eventualmente, abolir os impostos de importação cobrados sobre eletrônicos. O objetivo é baixar os preços desses produtos, que chegam a custar o dobro do que no Brasil e nos Estados Unidos, e equiparar a Argentina com seus países vizinhos.
De acordo com Manuel Adorni, porta-voz presidencial, é “ridículo” um cidadão viajar a outro país para adquirir um aparelho por preços mais baratos. O plano inclui a redução de impostos sobre aparelhos celulares, televisores, videogames e aparelhos de ar-condicionado importados.
A eliminação das taxas de importação virá em duas etapas definidas. A primeira fase ocorrerá entre 19 e 25 de maio de 2025, quando as taxas baixarão de 16% para 8%. A segunda fase, marcada para 15 de janeiro de 2026, eliminará completamente os impostos de importação sobre celulares. A expectativa geral é que os preços dos produtos eletrônicos importados recuem pelo menos 30%.
Com a primeira redução para 8%, um modelo avançado como o iPhone 16 Pro Max já passaria a ser um pouco mais barato na Argentina do que no Brasil. Na segunda fase, em 2026, sem taxas de importação, a diferença de preço seria ainda maior. Um iPhone Pro Max de 256 GB custaria estimados R$ 11.656 na Argentina, ante R$ 12.499 no Brasil.
03 – China lidera importação de frango brasileiro, agora suspensa, com US$ 1,2 bi
A China, principal importadora de carne de frango do Brasil, suspendeu temporariamente as compras do produto brasileiro após a detecção de um caso de gripe aviária no Rio Grande do Sul. Em 2024, o país asiático foi responsável por pouco mais de 14% do valor total das exportações brasileiras de frango, equivalente a US$ 1,29 bilhão.
Diferentemente de outros países, que restringiram as importações apenas da região afetada, a China optou por um embargo nacional, conforme previsto no protocolo sanitário firmado entre os dois países. Essa decisão impacta significativamente o setor avícola brasileiro, que já enfrenta desafios logísticos e sanitários.
Outros grandes compradores de carne de frango brasileira, como Emirados Árabes Unidos, Japão e Arábia Saudita, continuam as importações, limitando apenas os produtos provenientes da região afetada. Esses mercados representam juntos mais de US$ 2,6 bilhões em compras anuais, oferecendo algum alívio ao setor.
As autoridades brasileiras estão em diálogo com a China para reverter a suspensão e reforçar as medidas sanitárias. Enquanto isso, produtores e exportadores buscam alternativas para minimizar os prejuízos e manter a confiança dos mercados internacionais.