1. Medicamentos e insumos médicos com imposto zero: alívio para pacientes e setores essenciais
Em uma decisão relevante para a saúde pública e setores estratégicos, o Comitê Executivo de Gestão da Camex anunciou a isenção do imposto de importação para medicamentos destinados ao tratamento de câncer, incluindo casos de câncer de próstata. Essa medida visa aliviar custos de tratamentos críticos e ampliar o acesso a recursos essenciais. Além disso, a isenção foi estendida a insumos importantes como materiais para luvas médicas, pás eólicas, e defensivos agrícolas.
Outro ponto de destaque é o aumento de tarifas para insumos de vidro industrial e células fotovoltaicas, uma decisão que, segundo a Camex, tem como objetivo impulsionar a produção nacional e fomentar a geração de empregos.
Essas mudanças refletem um movimento estratégico do governo, equilibrando a redução de custos em áreas sensíveis com a proteção de indústrias locais.
2. Painéis solares: novo imposto de importação eleva custos e desafia projetos sustentáveis
O governo federal implementou um aumento significativo na tarifa de importação de módulos fotovoltaicos, de 9,6% para 25%, conforme a Resolução Gecex nº 666. Essa medida, já em vigor, visa fortalecer a indústria local, mas carrega implicações importantes para o setor de energia solar, majoritariamente dependente de produtos importados.
Importadores ainda podem contar com uma cota de isenção de mais de US$ 1 bilhão até junho de 2025, mas o impacto geral pode ser sentido nos custos dos projetos de geração de energia distribuída e centralizada.
A decisão surge em um momento de contraste: enquanto o Brasil se prepara para a Cúpula do G20 e a COP 29, encontros que reforçam compromissos com a sustentabilidade, a nova tarifa levanta questionamentos sobre a coerência da estratégia energética do país. A medida, portanto, coloca à prova o posicionamento do Brasil em relação à transição para uma matriz energética mais verde.
3. Exportações do agronegócio brasileiro batem recorde em outubro
O agronegócio brasileiro alcançou um marco histórico em outubro de 2024, com exportações que somaram US$ 14,27 bilhões, um aumento de 6,2% em relação aos US$ 13,43 bilhões de outubro de 2023. Este crescimento foi impulsionado por um aumento de 3,7% no volume exportado e um acréscimo de 2,5% nos preços.
Os setores que lideraram as exportações incluem o complexo soja, carnes, açúcar, produtos florestais, café e cereais, que juntos representaram 82,7% das vendas internacionais do agro, totalizando US$ 11,80 bilhões.
O setor de carnes foi destaque, com exportações de US$ 2,62 bilhões (+38,6%), sendo a carne bovina in natura responsável por US$ 1,26 bilhão e 270,33 mil toneladas exportadas – ambos recordes. O açúcar também se sobressaiu, com 3,73 milhões de toneladas exportadas (+29,8%), gerando US$ 1,76 bilhão, apesar da queda de 11,8% no preço por tonelada.
O setor de café teve crescimento expressivo, com exportações de US$ 1,40 bilhão (+61,1%) e recordes em volume e valor de café verde: US$ 1,31 bilhão e 279,26 mil toneladas (+12%).
Outros produtos que impulsionaram o crescimento foram sucos de laranja, algodão, bovinos vivos e feijões secos, contribuindo com um adicional de US$ 362,01 milhões em relação a outubro de 2023.
Entre janeiro e outubro de 2024, as exportações do agronegócio totalizaram US$ 140,02 bilhões, um crescimento de 0,7% em comparação ao mesmo período em 2023. O volume exportado aumentou 6,6%, enquanto os preços tiveram uma queda de 5,9%, limitando um avanço ainda maior. O agronegócio continuou representando uma parte significativa da pauta exportadora brasileira, com 49,2% do total.
Com resultados consistentes e alta demanda, o agronegócio segue como um pilar das exportações brasileiras, contribuindo para a economia e reforçando a posição do Brasil como líder no setor global.